quinta-feira, maio 06, 2010
O riso de Deus
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A Ulla foi minha guia, companheira e amada durante aqueles dias que passei em Estocolmo. Como disse, tinha um corpo sem culpas e acho que andava à procura de um latino. Só vi o que lhe faltava naquele dia em que combinámos um passeio de ferryboat e ficamos de nos encontrar no cais, às nove horas da manhã. As nuvens faziam o tecto do dia, como acontece por lá. Quando cheguei ela disse-me:
«Que pena, hoje não há sol…» Eu olhei para ela, dos pés aos olhos e respondi a sorrir: «Não. Eu tenho sol…» Ela ficou emocionada e gaguejou ao falar: «Mas, tu és um poeta!...»
Eu não era nenhum poeta. Eles, por lá, é que não sabiam dizer uns aos outros que eram o sol de cada um.
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in “O riso de Deus” – António Alçada Baptista - pag. 95
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12 comentários:
gostei!
um belo excerto do António Alçada Baptista.
beij
Muito bonito.
Também gostei.
fiquei com vontade de ir reler António Alçada Baptista :) faz-me tão bem... beijo*
Lindo!!!!!!
há quem aprisione as palavras na boca!
um abraço
Até quase apetece que apareçam muitas nuvens no céu! :)
Eles por lá... e nós por cá? Já nem digo ser poeta, "apenas" ter olhos de poeta.
Beijinhos
que bonito, jorge, adorei :) um grande beijinho.
Gostei tanto... :)
Tenho uma pergunta menos discreta para fazer... na foto do teu perfil, o chapéu que tens na cabeça... foi À saída do parque Guell? Junto do lagartinho? ;)
Bj
E o primeiro prémio vai para... Mariana Marciana!!! :D
Bj
hihi :)
LINDO!!
Obrigado! ;D
deixo votos de um bom fim de semana!
beij
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