Desce em folhedos tenros a colina:
- Em glaucos, frouxos tons adormecidos,
Que saram, frescos, meus olhos ardidos,
Nos quais a chama do furor declina...
Oh vem, de branco, - do imo da folhagem!
Os ramos, leve, a tua mão aparte.
Oh vem! Meus olhos querem desposar-te,
Reflectir-te virgem a serena imagem.
De silva doida uma haste esquiva
Quão delicada te osculou n'um dedo
Com um aljofar cor de rosa viva!...
Ligeira a saia... Doce brisa, impele-a.
Oh vem! De branco! Do imo do arvoredo!
Alma de silfo, carne de camélia...
Camilo Pessanha - Desce em folhedos tenros a colina
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